Tradição Portuense: Francesinha

Daniel David
Silva, um emigrante português em França, foi quem criou um dos pratos mais
célebres da cidade do Porto. Aplicando os seus conhecimentos de cozinha
francesa concebeu este petisco, que tem como base as receitas de croque-madame
(uma tosta mista com ovo estrelado), de croque-monsieur (uma tosta mista
servida com molho branco e mostarda e Dijon) e do molho welsh rarebit (conhecido por ser picante).
Em 1953, a
francesinha entrou na história da cidade do Porto quando Abrantes Jorge, dono
do restaurante “Regaleira”, apaixonado por este petisco ofereceu a Daniel uma
sociedade no seu restaurante.
Para
o criador da francesinha, os ingredientes eram o mais importante, pois são
estes que determinam a qualidade da confeção. A francesinha inclui: piripíri,
pão de forma, fiambre, salsicha fresca, bife ou carne assada, linguiça e
queijo. O verdadeiro segredo de uma boa francesinha está realmente no molho,
algo que nunca é completamente revelado.
Quanto
ao nome “francesinha” diz-se que quando chegou ao Porto, Daniel achou as
mulheres portuenses muito conservadoras e reservadas. Tal como o próprio
confessava a mulher mais picante que conheceu era uma francesa e por este
motivo decidiu dar este nome tão característico à sua invenção.
Depois
da sua morte, um dos funcionários do restaurante “Regaleira” decidiu levar a
receita para o Restaurante Mucaba, em Gaia, em 1963. Dá-se assim o início da
expansão da francesinha como um marco da gastronomia portuense.